NOTA DE REPÚDIO E PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
O SPM Repudia veementemente o assassinato do jovem Moise Kabamgabe. Não podemos nos calar perante tamanha brutalidade e covardia.
Segue na íntegra a nota de repúdio contra este crime horrendo
A força do direito deve superar o direito da força.
Rui Barbosa
O Serviço Pastoral do Migrante – SPM, vem por meio desta nota expressar todo o seu repúdio pelo assassinato do jovem imigrante congolês, Moïse Kabamgabe, 25 anos. Kabamgabe foi espancado até a morte depois de cobrar o dono do quiosque Tropicália, onde trabalhava, pelo pagamento de dois dias de trabalho em atraso. O rapaz era atendente no estabelecimento.
Em meio a uma discussão entre, Kabamgabe e o dono do lugar, quatro homens teriam sido chamados pelo patrão e, junto com ele, agredido o congolês. O espancamento durou cerca de 15 minutos e foi registrado por câmeras de segurança do quiosque. Os familiares só souberam da morte do rapaz na terça-feira, dia 25, quase 12 horas após o ocorrido. Ainda de acordo com a família, o dia de trabalho no quiosque seguiu normalmente, mesmo após o assassinato do rapaz.
Este crime escancara ainda mais a triste realidade da violência e preconceito que massacra os pobres, negros, migrantes e trabalhadores diariamente em nosso país. Nós não podemos nos calar diante de acontecimentos tão brutais e horrendos, devemos, como sociedade civil organizada, cobrar que os responsáveis por este crime hediondo sejam levados a júri popular e que a polícia faça o seu trabalho de investigar e prender o quanto antes estes criminosos. Mas para além disso, devemos lutar por todos os meios para que a nossa sociedade mude, não podemos alimentar o ódio e a violência, mas para esperar que casos como esse não se repitam, temos que agir preventivamente por uma cultura de Paz..
O SPM expressa toda a solidariedade e apoio à família do jovem Moïse Kabamgabe e a toda comunidade congolesa.
Para além disso, devemos nos lembrar da célebre frase do ativista e pensador Malcolm X “Não confunda a reação do oprimido com a violência do opressor”.
Serviço Pastoral dos Migrantes
NOTA DE REPÚDIO E PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS