Mini Boletim SPM – Edição 108
É um momento privilegiado celebrarmos esta Festa diante de tantos desafios que tivemos e ainda teremos. Estamos irmanados com todas as famílias que perderam milhares de pessoas para essa pandemia, de modo especial os familiares dos que na labuta pastoral se contaminou e não resistiram a agressividade da doença e da ignorância dos negacionistas. Não esquecemos dos cenários que vivemos, não estamos festejando o nascimento do menino Deus, deslocado das realidades. Relembramos aqui a fala do Pe. Alfredinho, “A pandemia da Covid-19, entre seus efeitos nefastos, paralisou pessoas, negócios, mercadorias e investimentos. Paralisou igualmente um número nada desprezível de migrantes em todo mundo. Estudiosos da América Latina e Caribe, por exemplo, falam desse fenômeno como “imobilidade forçada”, “fronteiras engessadas” ou “fronteiras congeladas”. Numerosos grupos de migrantes viram-se, improvisamente, encurralados nos espaços fronteiriços entre dois ou mais países: sem possibilidades de avançar e sem condições de retornar. Retidos como prisioneiros numa espécie de limbo de espera indefinida. É Desnecessário assinalar as condições extremamente precárias de tais acampamentos, alguns deles inclusive militarizados.
Se tivemos uma grande ação da Igreja, no enfrentamento à fome e a miséria em que os povos mergulharam com a pandemia, avançamos em uma comunhão com a 6 SSB Semana Social Brasileira na construção de uma sociedade mais justa e solidária, frente ao desgoverno vil, perverso e indiferente ao povo. Experimentamos muitas derrotas nas pautas aprovadas no congresso: mineração, despejos, reformas e violência crescente dos órgãos do ESTADO. Nos restou uma forte incidência no judiciário e no âmbito internacional, das forças progressistas que ainda resistem.
Somos o povo do Esperançar e do Amor, não estamos dispostos a contemporizar com os sinais do demônio, somos filhas e filhos do que acreditam na definição do Natal que o Dom Helder profetizou: “Gosto de pensar no Natal como um ato de subversão… um menino pobre, uma mãe solteira, um pai adotivo… quem assiste seu nascimento é a ralé da sociedade, os pastores. É presenteado por gente “de outras religiões (magos, astrólogos). A família tem que fugir e assim viram refugiados políticos. Depois voltam a viver na periferia. O resto a gente celebra na Páscoa…mas com a mesma subversão… sim! A revolução virá dos pobres! Só deles pode vir a salvação! Feliz Natal!! Feliz subversão. “
mini boletim spm final