Setembro Amarelo | Covid-19 aumenta fatores de risco ao suicídio: veja como prevenir

 

O Lancet Psychiatry publicou, em abril de 2020, um artigo sobre a pandemia da covid-19 e suas consequências.

A discussão trata do crescimento dos índices de suicídio neste momento. 

Os impactos dessa pandemia causam efeitos em longo prazo, essencialmente em pessoas mais vulneráveis.

Todo esse cenário faz com que estratégias de prevenção ao suicido sejam pensadas. 

Relação entre pandemias em geral e taxas de suicídio

Existem fatores que evidenciam que os números de suicídio nos Estados Unidos cresceram durante a pandemia de Influenza, no início do século 20. 

O mesmo fenômeno foi percebido na população idosa de Hong Kong por conta da SARS, em 2003.

Apesar de todas serem pandemias, a que estamos vivendo atualmente – de covid-19 – apresenta um contexto distinto das anteriores, tendo, assim, diferentes fatores que influenciam o crescimento do risco a suicídios. 

Covid-19 aumenta fatores de risco ao suicídio

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a pandemia da covid-19 pode fazer com que o risco de suicídio aumente. 

A organização estimula que as pessoas conversem, de forma responsável e aberta, sobre o assunto.

O intuito é que todos estejam conectados aos familiares e amigos, conseguindo identificar sinais de alerta, apesar do distanciamento social.

Além disso, há pesquisas dizendo que, durante a pandemia da Covid-19, os níveis de casos de depressão, angústia e ansiedade cresceram, sobretudo, entre as pessoas que trabalham com saúde.

Outros fatores também interferem nesse aumento, como consumo de álcool e outras substâncias, violência e perdas, por exemplo, que são gatilhos que podem levar uma pessoa ao suicídio. 

Fatores de alerta que merecem atenção

Há sinais, ligados ao comportamento ou até mesmo verbais, que podem servir de alerta ao suicídio.

Falar sobre se sentir um fardo para outras pessoas, desejo de morrer, sentimentos de vergonha e culpa, por exemplo, são alguns deles.

Além disso, há outros sinais que também podem ser identificados, como:

  • falta de esperança;
  • sensação de vazio;
  • falta de vontade de viver;
  • sentimento de aprisionamento;
  • tristeza excessiva;
  • ansiedade, agitação ou excesso de raiva;
  • muita dor (emocional ou física).

Alterações no comportamento também podem ser alguns sinais, por exemplo:

  • distanciar-se dos amigos;
  • buscar formas de tirar a própria vida;
  • testamentos;
  • comportamentos arriscados, como dirigir em alta velocidade;
  • alterações bruscas de humor;
  • comer ou dormir em excesso;
  • consumo frequente de drogas e álcool.

Como prevenir o suicídio

Há diversas estratégias eficientes para a prevenção do suicídio.

A identificação precoce é muito importante para o tratamento de depressão ou de transtornos causados pela utilização de álcool, por exemplo.

A ajuda psicossocial também é uma ferramenta essencial de aconselhamento.

Os cuidados com a saúde mental devem ser priorizados, bem como o acesso facilitado.

Conteúdos que promovam formas de cometer suicídios devem ser banidos. No lugar, devem entrar informações verídicas sobre o assunto, reduzindo o tabu a respeito da procura por ajuda psicológica.

Caso sejam identificados sinais de alerta para o suicídio em você ou em outra pessoa, procure ajuda profissional rapidamente. 

Ligue para o número 180 e conte com a ajuda do Centro de Valorização da Vida (CVV).


Texto retirado de: Santa Casa 08.09.2022

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