CAMINHAMOS SENDO PONTES DE SOLIDARIEDADE NAS ESTRADAS DE 2021
Antes da mensagem de Natal e Ano Novo, queremos, cada um de nós pessoalmente, agradecer pelas respostas dadas, ao nosso projeto de pastoral, junto a migrantes e refugiados, como Igreja e em comunhão com a CNBB, com toda cooperação Internacional, que têm sido pilares para nossa ação, aos parceiros nacionais, individuais, congregações, instituições publicas ou privadas, pelo afeto e respeito com nossa caminhada. Imaginar que juntos podemos mais, é a frase dos últimos anos, e neste ano para o SPM, é a resposta que juntos estamos dando aos desígnios de Deus em nosso carisma, objetivo, espiritualidade e muito mais.
Imaginar que acertamos muito, mais que erramos também, e nos erros reaprendemos mais, e ESPERANÇAR como verbo, nos anime, a fazer o novo em 2021 buscando acertar mais e mais, sem sermos pretenciosos, de não errar, mais com a certeza de que podemos recomeçar, porque temos o nós, que faz a correição e nos impulsiona para o amanhã. Gratidão a todos vocês do SPM, gratidão por fortalecerem nossa comunhão e nossa Fé!
Pe. Alfredo Gonçalves, Maria Ozania e Roberto Saraiva
Coordenação Executiva Colegiada do SPM
Mensagem de Natal
“Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, e Maria deu a luz à seu primeiro filho. Ela o enfaixou, e o colocou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa” (cf. Luc 2, 6-7).
O que este menino pobre, nascido numa família migrante, fala para nós hoje?
O choro da criança, na Família Sem-Teto, de Nazaré, expressa dor e esperança ao mesmo tempo!
Dor porque muitas pessoas moram nas ruas; muitas famílias moram precariamente ou foram despejadas em meio à pandemia que dizimou e enlutou milhares de vidas.
Dor porque há muitos encarcerados e encarceradas injustamente ou tratados de forma violenta e sem condições de processos de ressocialização diante da sociedade.
Dor porque muitas mulheres e crianças são violadas, abusadas e assassinadas, muitas vezes no seio de suas casas;
Dor porque a xenofobia, desprezo e racismo, com negros e com população LGBTI+ é algo que querem naturalizar.
Dor por que está longe da sua terra, dos seus parentes e seus amigos.
Dor porque seus pais não tem emprego, ou não tem o que comer.
Dor porque foram desterritorializados em suas pátrias e buscam terra , teto, trabalho e pão,
Dor porque os “Herodes” de nosso tempo são cada vez mais impiedosos com os mais pobres e traçam politicas que beneficiam os mais ricos.
Mas este menino que nasce frágil é sinal de esperança!
Ele está nas comunidades migrantes que se ajudam e se apoiam em suas necessidades.
Ele está quando mostramos cuidado uns com os outros, para que ninguém se aflija neste tempo de pandemia, dispersão e abandono!
Ele está na acolhida a quem está do “lado de fora”, a caminho .
A família de Nazaré bate à nossa porta e nos traz a criança, luz dos povos, e horizonte para o novo ano que chega!
Feliz Natal à todos e todas migrantes, refugiados, missionários e missionárias, lutadores e lutadoras do povo, parceiros na encruzilhada.
(Diretoria, Colegiada Nacional e Secretariado do Serviço Pastoral dos Migrantes)