O CAPITÃO ESTÁ NU
Convém ter presente aquela famosa fábula, segundo a qual um menino em meio à multidão grita que “o rei está nu”. No domingo, 8 de Janeiro de 2023, a seita dos filhotes do inominável se encarregaram de desnudar completamente o capitão cloroquina. Diante da barbárie perpetrada nos edifícios dos Três Poderes, em Brasília, todas as máscaras vieram abaixo. Também caíram por terra os discursos religiosos, moralistas, patrióticos e ideológicos…
O grande defensor de Deus, da família, da pátria e da liberdade teve seu falso véu rasgado pelo bando de vândalos que invadiram e depredaram os prédios públicos. O véu da mentira se reduziu a lixo e farrapos, tal como os móveis e objetos quebrados pela horda desses aloprados.
Sem disfarces e sem defesa possível, hoje o capitão se vê inteiramente nu, expondo aos olhares das multidões toda sua ignomínia e selvageria. Escancarou-se a hipocrisia, não é mais possível a dissimulação. Bem que dizem que “a mentira tem pernas curtas”. A multidão que ergueu uma estátua ao “mito” é a mesma que a reduz a escombros.
Não que o capitão tenha mudado, de jeito nenhum. Ele apenas se revela em sua mais sórdida nudez. Nudez abjeta desse militar que, desde os tempos de quartel, sempre demonstrou seu lado perverso. No governo, incompetente; na pandemia, debochado; na reeleição, mentiroso contumaz e incorregível. Quem induzia a ser chamado de messias, na verdade o era de fato, mas não do alto, e sim do escroto da história.
alfredo, df, 10/01/2023